MISSÃO “Colocar em prática os conhecimentos em defesa da vida, saúde e do sistema único de saúde".PRINCIPIOS:Sustentabilidade●Planejamento Inteligente●Qualidade em serviços de Saúde●Valorização do Ambiente. DIRETRIZES:VIII Conferência Nacional de Saúde/86● Lei 8080/90 Art.6º● Portaria nº 3916/GM/98 ● Política Nacional de Humanização da Saúde ● Meio Ambiente e sua representação social.
terça-feira, 2 de agosto de 2011
segunda-feira, 11 de julho de 2011
ESCOLA ROSA MARIA BEREZOSKI COMENTA ATIVIDADE PRÁTICA DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA EM SEU BLOG
Comentários sobre as atividades desenvolvidas na Escola Municipal do bairro.
http://falagaleradorosa.blogspot.com/
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terça-feira, 5 de julho de 2011
quinta-feira, 30 de junho de 2011
FORUM SOBRE ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF)
A Atenção Básica (ou atenção primária) constitui a porta de entrada para se possuir acesso à rede pública de serviços de saúde. Por isso, demanda a criação de dispositivos que devem garantir a sua eficiência e eficácia, aprimorando a capacidade de atender com qualidade as necessidades de saúde da população.
Para alcançar este objetivo o Ministério da Saúde (MS) adotou a Estratégia de Saúde da Família (ESF) como uma forma de reorientar a organização da Atenção Básica. Isto se justifica pelo fato de que a gestão integral do cuidado torna-se mais factível quando a atenção está centrada na família e nas características singulares do território em que a mesma está inserida, pois o contexto cultural, social e geográfico que permeia as relações familiares é determinante para a elaboração das ações de produção de saúde. As equipes da ESF matém uma maior proximidade com o usuário dos serviços de saúde e com sua família, acenando com melhores possibilidades de acompanhamento qualificado e de continuidade da atenção.
O Núcleo de Apoio à Saúde (NASF) é um dispositivo elaborado pelo MS e norteado pela Portaria nº 154 de 24 de janeiro de 2008. O objetivo é ampliar o acesso da população brasileira aos serviços de saúde por meio do fortalecimento da Estratégia de Saúde da Família e consequentemente da Atenção Básica. As equipes NASF trabalham em parceria com as equipes de saúde da família no intuito de contribuir com o processo de territorialização e de regionalização, que orienta as ações desenvolvidas pela ESF. Cada NASF é uma equipe multiprofissional que atua por meio de uma proposta de interdisplinaridade, apoiando as equipes de saúde em ações individuais e em intervenções de caráter coletivo no âmbito do território.
O NASF deve articular-se com as equipes de saúde da família, com a comunidade, com outros equipamentos e serviços loco-regionais de saúde, educação, cultura e assitência social, agenciando ações intersetoriais que melhorem a vida da população. Como equipe de apoio à ESF, o NASF reafirma que somente será efetiva a intervenção que possua como alicerce o compartilhamento de responsabilidades, razão pela qual esta equipe somente, isolada das equipes de saúde da família, não constitui porta de entrada no sistema, pois apresenta a missão de acompanhar o movimento dos trabalhadores de saúde da família que cobrem as áreas de um determinado território. Portanto, as equipes NASF automaticamente assumem o desafio de não enquadrar o seu funcionamento na lógica ambulatorial de transferência de responsabilidades.
As ações do NASF estão fundamentadas em oito áreas estratégicas: atividade física/práticas corporais (com ênfase para a medicina tradicional chinesa), práticas integrativas e complementares (com destaque para a acupuntura e a homeopatia), reabilitação, alimentação e nutrição, saúde mental, assistência social, saúde da criança, do adolescente e do jovem, saúde da mulher e assistência farmacêutica.
São atividades do NASF:
- Participação em reuniões das equipes de saúde de família;
- Discussão de casos clínicos;
- Atendimentos individuais e coletivos na Unidade Básica de Saúde (UBS) ou em domicílio;
- Elaboração e realização de grupos de educação em saúde na Unidade ou em espaços públicos do território (escolas, igrejas, clubes, associação de moradores etc.);
- Educação permanente para os membros das equipes de saúde da família;
- Formulação de ações intersetoriais com outros equipamentos e serviços de atenção à saúde;
- Apoio institucional para a organização e o funcionamento interno da Unidade de Saúde da Família;
- Reuniões e palestras para a comunidade.
O profissional farmacêutico, na perspectiva do NASF, atua realizando intervenções diversas (individuais ou coletivas) para orientação quanto ao uso correto dos medicamentos, à prevenção e ao tratamento da dependência química, à utilização de plantas medicinais, à viabilização da dispensação de medicamentos de alto custo e outras ações específicas da sua formação de base, bem como intervenções que dizem respeito a qualquer profissional de saúde, independentemente do seu núcleo de saber, de acordo com os princípios da clínica ampliada e da saúde coletiva.
O contato direto com os usuários de saúde das comunidades e a possibilidade de assumir funções de coordenação das atividades inerentes à saúde da família representam um horizonte bastante promissor para o farmacêutico, criando novos espaços para a explicitar o potencial deste profissional, alavancando o seu reconhecimento social e ensejando níveis de remuneração compatíveis com a importância estratégica deste profissional no cenário da saúde.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS - TRABALHO DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O LIXO
Autoras: Bruna B. Hackbarth, Emanuelle C. Peres, Kaliandra Beinlich, Luiza C. Branco, Mileine Mosca, Thábata T. Cavalheiro
A partir da territorialização do bairro Jardim Paraíso IV e do acesso ao mapa inteligente, identificaram-se os locais de maior acúmulo de lixo, bem como os tipos existentes no local. O acúmulo de lixo vem aumentando e trazendo conseqüências cada vez mais desastrosas ao meio ambiente e à saúde pública e tornam-se uma perigosa fonte de doenças e de contaminação para o meio ambiente, pois estes costumam atrair e proliferar vetores, como moscas, baratas, ratos, etc.. Com o acúmulo de sacos de lixo nas ruas, a chuva chega e os arrasta até as bocas de lobo, que ficam entupidas e causam todo o transtorno das enchentes, prejudicando a saúde da população. Outro dano que o lixo acumulado pode causar é a infiltração, já que a decomposição da matéria orgânica é considerada um forte poluente, que pode atingir as águas e também o lençol freático que abastece as casas.
OBJETIVOS DA ATIVIDADE
Como objetivo da intervenção, teve-se a questão de verificar os órgãos responsáveis pela coleta adequada de cada tipo de lixo no bairro do Jardim Paraíso, além de traçar estratégias e ações para Identificar cada tipo de lixo existente, confeccionar uma cartilha educativa contendo informações sobre a classificação dos lixos e o telefone dos órgãos responsáveis pela coleta de cada lixo; capacitar as agentes de saúde de PSF IV do Jardim Paraíso para orientação da população quanto a correta separação do lixo e coleta e fornecer um recipiente para a realização do descarte de pilhas.
ESTUDO TEÓRICO: OS TIPOS DE LIXO
A concentração demográfica na grande cidade e o grande aumento do consumo de bens gera uma enorme quantidade de resíduos de todo tipo, procedentes tanto das residências como das atividades públicas e dos processos industriais. A todo e qualquer resíduo sólido resultante das atividades humanas, denominamos de lixo. Cerca de 60% do lixo no Brasil é composto por restos de alimentos. (SILVA e SOARES, s.d.). De acordo com sua origem, existem algumas classificações de tipos de lixo: o residencial/domiciliar constituído por restos alimentares, jornais e revistas, embalagens, papel higiênico, fraldas descartáveis entre outros; o comercial originado nos estabelecimentos comerciais e de serviços, constituído de grande quantidade de papel, plásticos, embalagens diversas; o industrial composto por cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, fibras, metais, escórias e outros de acordo com a industria; o público originado dos serviços de limpeza pública urbana e de áreas de feiras livres; o agrícola que inclui embalagens de fertilizantes e defensivos agrícolas, rações, restos de colheita, excremento de animais, resíduos sólidos das atividades agrícolas e da pecuária, como embalagens de adubos, defensivos agrícolas, ração, restos de colheita etc; os entulhos que englobam os resíduos da construção civil, composto por materiais de demolições, restos de obras, solos de escavações, dos serviços de saúde hospitalar que incluem agulhas, seringas, gazes, bandagens, algodões órgãos e tecidos removidos, meios de culturas e animais usados em testes, luvas descartáveis, remédios e filmes de raio X; lixo tecnológico (ou e-lixo) todo aquele gerado a partir de aparelhos eletrodomésticos ou eletroeletrônicos (televisão, radio, computador, celular...) e seus componentes, incluindo os acumuladores de energia (baterias e pilhas) e produtos magnetizados, de uso doméstico, industrial, comercial e de serviços e por ultimo os móveis, como os sofás, armários, etc. (FREITAS, 2009).
Outra questão que gera grande dúvida na comunidade é o descarte de pilhas e baterias. São resíduos tóxicos encontrados comumente na residência domiciliar. São classificados, de acordo com o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), como resíduos de classe um (resíduos perigosos). São materiais que apresentam substancias e metais que causam danos a saúde. Com isso, pilhas e baterias não devem ser descartadas no lixo comum (BARDINI, s.d.).
O principal tipo de lixo encontrado no bairro Jardim Paraíso, regiões próximas ao PSF IV, são os residenciais. Dentro desse eixo, têm-se a subclassificação, que seria o lixo domiciliar, correspondente a: restos de alimentos, lixo reciclável como papéis, papelões, plásticos, vidros, entre outros. E uma segunda subclassificação se dá pelo lixo do tipo tecnológico (LEA, s.d.).
Dessa forma, cada tipo de lixo tem seu destino específico para que não ocorra prejuízo ambiental e pessoal. Os tipos de lixo citados, que foram encontrados no jardim paraíso, devem ser descartados em aterros sanitários. Já os aparelhos eletrônicos devem ser primeiramente neutralizados e depois eliminados, para esses matérias existem pontos de coleta para o descarte correto. E para que se tenha o destino correto, existem órgãos responsáveis pela coleta desse material (VIEIRA, 2006).
A COLETA DO LIXO
O recolhimento e transporte do lixo doméstico e urbano produzido em residências, condomínios, instituições públicas, estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços é realizado pela ENGEPASA – AMBIENTAL. A coleta seletiva ocorre nas terças-feiras à tarde das 14:20 às 22:40 horas e a coleta comum nas segundas, quartas e sextas-feiras das 5:00 às 13:20 horas. A empresa recolhe ainda animais mortos de pequeno e grande porte e móveis, com prazo máximo de 72 e 48 horas, respectivamente.
Já o recolhimento e transporte de resíduos recicláveis são previamente triados na fonte e entregues as cooperativas ou associações de pessoas carentes.
Esse serviço promove o reaproveitamento de materiais como papéis, papelão, metais, plásticos e vidros. É uma importante ação que minimiza a poluição ambiental e agrega valor econômico aos resíduos sólidos. A coleta seletiva no bairro do Jardim Paraíso ocorre todas as terças-feiras no período vespertino.
Esse serviço promove o reaproveitamento de materiais como papéis, papelão, metais, plásticos e vidros. É uma importante ação que minimiza a poluição ambiental e agrega valor econômico aos resíduos sólidos. A coleta seletiva no bairro do Jardim Paraíso ocorre todas as terças-feiras no período vespertino.
A coleta de lixo tecnológico como materiais eletrônicos e pilhas/baterias não é feita, sendo necessário o deslocamento até os locais estabelecidos. O instituto Dual recebe materiais de grande tamanho somente em horário comercial, das 8:00 às 12:00 horas e das 13:00 às 18:00 horas, os materiais menores são recebidos 24 horas por dia. Outra empresa responsável pelo recebimento é Asponi Reciclagem de Resíduos Tecnológicos, com horário de funcionamento de 08:00 às 12:00 horas e das 13:00 às 16:00 horas.
O recolhimento de entulho, resíduos de construção civil, não é um serviço prestado pela prefeitura, portanto para a coleta desse tipo de lixo é necessário a contratação de caçambas de empresas particulares. Elas por sua vez, levam a caçamba até o local acordado e em um período determinado a recolhem. Os valores variam pelo volume recolhido e também pela empresa escolhida.
AÇÃO JUNTO A COMUNIDADE
Foi confeccionado uma cartilha educativa contendo de maneira sucinta a descrição dos principais tipos de lixos acumulados no bairro do Jardim Paraíso, bem como os órgãos responsáveis pela coleta. As agentes de saúde serão capacitadas para que possam orientar a população local e tomar providências pertinentes.
Além disso, foi proposto um sistema de recolhimento de pilhas e baterias para o correto descarte. Ele consiste na disponibilização de um recipiente adequado que permanecerá no PSF Jardim Paraíso IV, onde a população poderá depositar esses resíduos. Periodicamente, as agentes de saúde serão responsáveis por encaminhar nos órgão adequados.
RESULTADOS
Realizou-se a capacitação das agentes de saúde do PSF Jardim Paraíso IV, informando-as sobre a classificação dos lixos e o telefone dos órgãos responsáveis pela coleta de cada lixo, por meio de uma cartilha (em anexo). Além disso, foi entregue um recipiente para a realização do descarte de pilhas. Acordou-se que as agentes de saúde ficariam responsáveis pela divulgação para a comunidade da coleta de pilhas e baterias que acontecerá no local.
REFERÊNCIAS
BARDINI, R. Associação regional de engenheiros e arquitetos da região de tubarão/sc. Pilhas e baterias lixo toxico dentro de casa. Disponivel em: < http://www.reciclarepreciso.hpg.com.br/pilhasbaterias.htm > Acesso em: 06 de junho de 2010.
FREITAS, M.C.B. Lixo tecnológico e os impactos no meio ambiente. Revista Network Technologies - Faculdades Network, Vol. 3, No 1, 2009.
SILVA, RFS; SOARES, ML. Gestão dos resíduos sólidos de serviços de saúde com responsabilidade social. Relato de experiência, Gestão socioambiental. SEMEAD VII, s.d.
LEA - Laboratório de Educação Ambiental. Tipos de lixo. Acesso em: 5 de maio de 2010. Disponível em: < http://www.comusa.com.br/lea/index.php?option=com_content&view=article&id=105&Itemid=136 >.
VIEIRA, MJ. Logística reversa aplicado a reciclagem de lixo eletrônico. Estudo de caso: Oxil manufatura reversa. Centro Paula Souza – Faculdade de tecnologia da zona leste, São Paulo, 2006.
Locais de coleta de materiais:
Instituto Dual, na Rua Brigada Lopes, 153, no Glória.
Asponi Reciclagem de Resíduos Tecnológicos, na rua Dr. Plácido Gomes, 63 – sala 02
Asponi Reciclagem de Resíduos Tecnológicos, na rua Dr. Plácido Gomes, 63 – sala 02
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS - TERRITORIALIZAÇÃO
No dia 09 de novembro de 2009, o professor Luciano Henrique juntamente com as acadêmicas Bruna, Djenifer, Ellen, Gisele e Susana foram até Unidade Básica de Saúde do Jardim Paraíso V, para conhecer o ambiente e realizar a territorialização da área em que pretendem atuar, visando ter subsídios para o planejamento em saúde.
As agentes comunitárias de saúde (ACS) acompanharam a equipe, levando-os a conhecer as micro-áreas nas quais elas trabalham, citando os principais problemas detectados e os aspectos de cada região relacionados a estratégia da saúde da família.
Foi observado locais com baixa infra estrutura, em que as ruas são de chão batido. No entanto, as ACS informaram que atualmente está sendo realizado um projeto governamental de pavimentação de muitas ruas do bairro, além de melhorias que abrangem trabalhos de saneamento básico e construção de áreas de lazer, elementos importantes quando se pensa em saúde integral.
Ao final da territorialização, foi solicitado às agentes de saúde que fizessem um levantamento das casas onde há pessoas ou idosos com dificuldades de administração dos medicamentos, para que posteriormente a equipe Pró-Farma visite estas pessoas para que sejam avaliadas e orientadas de forma simples e eficaz sobre a utilização correta dos medicamentos. Outros planejamentos estão sendo feitos a partir dos dados da territorialização e do SIAB, como atividades com as mães de crianças (sobre auto medicação e seus riscos), trabalho sobre medicação na gestação, entre outros ações.
Susana Bovi Kaster – Aluna do quarto ano de farmácia - Integrante do Pro Farma
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
FARMACÊUTICO ATUANDO EM GRUPOS DE APOIO TERAPÊUTICO
Luciano Henrique Pinto
Os medicamentos, apesar de serem utilizados para produzir resultados positivos, se não utilizados de maneira adequada podem trazer danos a saúde. Isto ocorre devido a falhas em farmacoterapia, fenômenos que podem ser, em sua grande maioria, previsíveis e passíveis de prevenção. As intervenções que podem resultar em prevenção destas falhas podem ser feitas individualmente ou coletivamente. A Grupo Terapia tem se mostrado útil em situações em que pessoas apresentam problemas semelhantes, e com seu alcance coletivo, passa a ser uma importante ferramenta nas estratégias de promoção a saúde.
Podemos definir grupo como “um conjunto restrito de pessoas que, ligadas por constantes de tempo e espaço, e articuladas por sua mútua representação interna, se propõem de forma explícita ou implícita à realização de uma tarefa, que constitui sua finalidade, interatuando para isso através de complexos mecanismos de adjudicação* e assunção** de papéis”. Isto reflete principalmente na possibilidade de trocas de experiências sobre um determinado tema, que pode levar ao melhor entendimento de um dado problema, ou o encorajamento para enfrentar uma dada situação, apresentada por uma pessoa que vivencia tal problema, e não apenas pela visão acadêmica de um profissional da saúde.
*Adjudicação = entregar a outro o que é seu
**Assunção = assumir o que é dos outros para si
CARACTERISTICAS DE UM GRUPO TERAPÊUTICO
Grupos Terapêuticos são reuniões em que a característica principal refere-se às Partes de inter relacionam. São muito mais que um somatório de indivíduos, mas uma identidade com regras próprias e um objetivo comum e que apresenta interação afetiva. Quem lida com grupos tem que ter em mente que o grupo não é local de depósitos de informações, mas sim de construção da cidadania,
TIPOS DE GRUPOS TERAPÊUTICOS
- Fechado: Não aceita a participação de novos membros, devido a construção de intimidade e identidade forte.
- Aberto: Qualquer um pode participar
- Homogêneo: Só admite assuntos relacionados com o propósito que levou a criação do grupo (a doença em comum, por exemplo)
- Heterogêneos: Aceita qualquer tipo de assunto
DESENVOLVIMENTO DE TEMAS
- Expositivo: Somente o apresentador do tema fala do assunto. Recomendado quando se vai abordar um tema mais complexo, que exige uma opinião especializada e livre de mitos ou sensos comum.
- Psico drama: Representação teatral que pode contar com a participação dos membros do grupo. Recomendada para tratar de assuntos delicados que poderiam constranger alguns membros do grupo.
- Debate / Intercâmbio: Estimulo ao debate e a troca de experiências. Ideal para a o compartilhamento de pessoas que lidam a muito tempo com determinada doença, e possuem saberes práticos sobre o tema.
- Dinâmicos / Atividades manuais – motoras: Trabalhos manuais visa promover a diversão e o aprendizado do grupo de uma nova atividade.
PLANEJANDO UM GRUPO TERAPEUTICO NA LÓGICA DOS CUIDADOS FARMACÊUTICO
1. Definição do Tema
O tema pode ser decidido em conjunto ou pelos profissionais. Pode se relacionar com datas comemorativas, acontecimentos recentes, ou fatos marcantes para o grupo, que estejam relacionados ao tema dos medicamentos. Assuntos como adesão, modo correto de utilizar, automedicação são de trato obrigatório nestes grupos.
O planejamento é a etapa crucial para a atividade, e o objetivo deve ser claro e conciso, atendendo as necessidades do grupo. Deve ser elaborado de forma que responda ao seguinte questionamento: Ao final do encontro, os participantes devem obter informações e trocar experiências visando, por exemplo:
O planejamento é a etapa crucial para a atividade, e o objetivo deve ser claro e conciso, atendendo as necessidades do grupo. Deve ser elaborado de forma que responda ao seguinte questionamento: Ao final do encontro, os participantes devem obter informações e trocar experiências visando, por exemplo:
- Estar aptos a entenderem o risco da automedicação
- Terem a conduta frente a situação : “adesão farmacoterapêutica
- Ter uma compreensão melhor a respeito do tema “terapias alternativas”, “uso de medicamentos durante a gestação”.
2. Funções e Tarefas
Os Grupos Terapêutico necessitam de uma estrutura mínima no qual fique evidenciado a função que compete ao organizadores da atividade. Um grupo pode ser desenvolvido contando com um Coordenador, Sub-coordenador, Relator, Observador. As funções de cada membro são apresentadas a serguir:
- Coordenador: Função de coordenar, fomentar e direcionar a comunicação do Grupo, mantendo a linha de debates no sentido do objetivo traçado.
- Sub-coordenador (opcional): Auxilia o coordenador, auxiliando o coordenador na função de atingir o objetivo. Trata-se de um olhar extra na condução do Grupo.
- Relator: Faz o relatório e ata do desenvolvimento do Grupo.
- Observador (opcional): Auxilia toda a equipe, na condução das atividades.
3. Contrato / constituição de regras:
É imprescindível que o Grupo planejado tenha as suas regras definidas, e estas deverão ser apresentadas ao inicio da atividade, sendo clara para todos os participantes. O contrato / regras objetiva a organização da atividade e uma estratégia para não fugir do tema ou objetivo. São exemplo de regras: “perguntas só no final”, “não deveremos expor nossos colegas”, “a apresentação terá um momento de debate”, etc.
O DESENROLAR DE UM GRUPO TERAPÊUTICO: PAPÉIS QUE SE ASSUMEM:
Todo Grupo Terapêutico apresenta uma dinâmica de papéis que lhes são bem comuns. São papeis assumidos pelos componentes que visam o equilíbrio entre a mensagem passada, a receptividade do que esta sendo exposto e a resistência frente ao que esta sendo apresentado de novo ou desafiador. O planejamento do grupo deve contar com este papeis, e antever possíveis situações que tais personagens podem apresentar no desenrolar da atividade.
- Líder de mudança: é aquele que se encarrega de levar adiante as tarefas, se arriscando diante do novo.
- Líder de resistência: puxa o grupo pra trás, freia avanços, sabota tarefas e remete o grupo sempre à sua etapa inicial. Os dois são necessários para o equilíbrio do grupo.
- Porta-Voz: é a chaminé por onde fluem as ansiedades e reivindicações do grupo.
- Bode expiatório: é aquele que assume os aspectos negativos do grupo; todos os conteúdos latentes que provocam mal-estar, como culpa, medo, vergonha.
- Os silenciosos: são aqueles que fazem com que o resto do grupo se sinta obrigado a falar, assumindo a dificuldade dos demais para estabelecer a comunicação.
DIFICULDADES DO TRABALHO EM GRUPO
A resistência apresentada por alguns participantes tem muito a ver com o medde mudança que lhe é apresentado. Muitos tendem a viver em uma zona de conforto, e a brusquidão que uma determinada exigência de alteração do comportamento possa criar gera diversos tipos de medos, como:
- Medo da perda – ansiedade depressiva
- Medo do ataque – ansiedade paranóide
- Medo de encontrar-se vulnerável frente a uma nova situação
A técnica recomendada neste caso é mostrar que o novo não é abandonar prazeres, ou valores já adotados, mas sim rever algumas condutas, refletir sobre a mesmas e sobre o que é importante na vida de cada um. Tal processo necessita que o tema seja focado nos aspectos positivos, e no respeito à decisão de quem não quer mudar
RECOMENDAÇÕES FINAIS
Evite usar o “mas”, quando responder a um questionamento ou comentário, porque é muito invasivo e desafiado, utilize sempre “é mais pertinente”...
Evite usar o “entendeu?”. Significa o mesmo que “como não é capaz de?”. Prefira o “ fui claro?”
Valorize sempre a experiência que o outro traz. Lembre-se: tem coisas que a ciência não explica, e nem por isto significa que não são válidas, talvez seja a ciência incapaz de explicar certas coisas...”
Evite fazer exposições longas, o grupo esta ali para se libertar por meio do conhecimento, e não para ser depositário de informações...
Saiba o que interessa o grupo. Falar sobre os valores ótimos de pressão para quem tem a doença a 25 anos deve ser bem chato...
Fuja do foco da prevenção, da doença e direcione o grupo para a PROMOÇÃO A SAÚDE...
Recorde sempre das regras do encontro, Persiga sempre o objetivo do encontro e fale a linguagem do grupo...
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Pereira ALF. As tendências pedagógicas e a prática educativa nas ciências da saúde. Cad Saúde Pública 2003 setembro-outubro; 19(5):1527-34.
2. Valsecchi EASS, Nogueira, MS. Comunicação professor AL no: Aspectos relacionados ao estágio supervisionado. In: Mendes IAC, Carvalho EC, coordenadores. Comunicação como meio de promover saúde. 7º Simpósio Brasileiro de Comunicação em enfermagem; 2000. junho 5-6; Ribeirão Preto, São Paulo. Ribeirão Preto: FIERP; 2000. p. 99 -103.
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3. Farah OGD. A ansiedade e a prática no processo ensino aprendizagem de habilidades psicomotoras: técnicas de preparo de medicação parenteral. [dissertação]. São Paulo (SP): Escola de Enfermagem/USP; 1996.
4. Osório LC. Grupos: teorias e práticas - acessando a era da grupalidade. Porto Alegre (RS): Artmed; 2000.
5. Bechelli LPC, Santos MA. O paciente na psicoterapia de grupo. Rev Latino-am Enfermagem 2005 janeiro-fevereiro; 13(1):118-25.
6. Guanaes C, Japur M. Fatores terapêuticos em grupo de apoio. Rev Bras Psiquiatria 2001 setembro; 23(3):134-140.
7. Bechelli LPC, Santos MA. Psicoterapia de grupo: como surgiu e evoluiu. Rev Latino-am Enfermagem 2004 marçoabril; 12(2):242-9.
8. Mackenzie KR. Time-limited group psychotherapy. Int J Group Psychother 1996; 46(1):41-60.
PRATICAS DE ATENÇÃO EM FARMÁCIA E PRO SAÚDE UNIVILLE
Em uma tentativa de superar o modelo tradicional de pratica de saúde, centrado na doença e na utilização de tecnologias cada vez mais avançadas no processo de cura, e tendo ainda o modelo médico centrado e pautado quase que exclusivamente no uso de medicamentos como fator de intervenção no processo saúde-doença, o Programa de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró Saúde) surge como proposta de quebrar o paradigma existente e promover uma nova forma de trabalhar em saúde, fazendo com que os futuros profissionais tenham melhores condições de atuar no Sistema Único de Saúde de nosso país
O Pró-Saude visa então a formação de profissionais mais interados sobre a proposta do SUS, além de terem um novo olhar sobre o processo saúde-doença. Eixos norteadores como Planejamento Local em Saúde, Acolhimento, Educação em Saúde, Trabalho com Indivíduos, Família e Comunidade passam a integrar o saber especifico de cada profissão, com o intuito de termos profissionais não somente entendidos do seu saber profissional próprio, mas de profissionais que tenham conhecimentos compartilhados e que dentro de suas especificidades, possam realizar a produção em saúde mais harmônica, humana e integralizada.
O curso de Farmácia, que tem origens tecnicistas, traz sua contribuição neste cenário através da implementação das políticas de saúde que envolve o uso dos medicamentos, do entendimento que o medicamento é um importante instrumento no processo de cura – mas não o único e nem tampouco auto-suficiente neste processo. A contribuição do Farmacêutico formado na nova lógica prevê um profissional que não fique a sombra do produto, mas que evidencie seu saber especifico em defesa da saúde, que entenda dos fundamentos do Sistema Único de Saúde e que atue de forma engajado no processo de Promoção a Saúde. Planejar saúde em cima das medicações utilizadas, acolher as demandas que trancendem o simples acesso do medicamento, educar a população sobre a melhor forma de utilizar a medicação – e de relacionar com ela, ter visão abrangente voltada para a família e comunidade são desafios que nossos alunos enfrentaram na busca de uma formação que os capacitem a atuar dentro da lógica de um sistema de saúde organizado para um país inteiro.
Os processos de reorientação da formação no Pró-Saúde estruturam-se em três eixos de transformação:
1. ORIENTAÇÃO TEÓRICA
• Priorizar os determinantes de saúde e os biológicos e sociais da doença;
• Pesquisa clínica-epidemiologica baseada em evidências para uma avaliação crítica do processo de Atenção Básica;
• Orientação sobre melhores práticas gerenciais que facilitem o relacionamento, e
• Atenção especial à educação permanente, não restrita à pós-graduação especializada.
2. CENÁRIOS DE PRÁTICA
• Utilização de processos de aprendizado ativo (nos moldes da educação de adultos);
• Aprender fazendo e com sentido crítico na análise da prática clínica;
• O eixo do aprendizado deve ser a própria atividade dos serviços;
• Ênfase no aprendizado baseado na solução de problemas, e
• Avaliação formativa e somativa.
3. ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
• Diversificação, incluindo vários ambientes e níveis de atenção;
• Maior ênfase no nível básico com possibilidade de referência e contra-referência;
• Importância da excelência técnica e relevância social;
• Ampla cobertura da patologia prevalente;
• Interação com a comunidade e alunos, assumindo responsabilidade crescente mediante a evolução do aprendizado, e
• Importância do trabalho conjunto das equipes multiprofissionais
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